Ter um olhar de empatia sobre o outro não é algo comum na sociedade, sendo o mais comum o julgamento, mesmo que com base em meias verdades.

Decidir praticar esse acolhimento sobre o outro é algo que nos faz humanos.

Entender que todos somos falhos, seja em um ponto ou outro e que todos em algum momento precisamos de compaixão muda nossa percepção do mundo.

Como nutrir esse acolhimento se até por não julgar já nos colocamos em uma posição de pessoas julgadas?

Preparei esse artigo para te falar com você sobre como é possível praticar o acolhimento no seu dia a dia.

Demonstre interesse

Muitas pessoas gostam de falar, porém poucas gostam de ouvir.

Em menor número ainda, quem realmente sente um verdadeiro interesse pela outra pessoa – pelo bem-estar do outro.

Pratique a escuta, busque entender o que a outra pessoa está tentando dizer.

Preste atenção até no silêncio, pois muito é dito sem que seja necessária uma palavra, através de gestos e atitudes inesperadas.

O silêncio tende a comunicar coisas importantes. Nem todas as pessoas conseguem verbalizar as suas experiências.

Por isso a terapia através da arte é algo tão procurado nos dias de hoje.

Entender o não dito, é respeitar o silêncio, tentando extrair o máximo das outras manifestações.

Não julgue

 Muitas pessoas não compartilham as suas experiências por temerem os julgamentos, então, seja cordial e não julgue.

Você não precisa concordar e pode até aconselhar, quando isso é pedido pelo outro, mas em primeiro lugar acolha.

As pessoas estão dispostas a confiar quando se sentem amadas e aceitas.

Nos sentimos julgados de forma constante, seja por um padrão de beleza não alcançado, um modelo de pessoa perfeita e super produtiva, pelas conquistas que ainda não alcançamos, e muito mais.

Não julgar é essencial, para que a pessoa entenda que é humana, podendo se abrir sem medo.

Coloque-se no lugar da outra pessoa

Quando você abre o seu coração para alguém, você deseja empatia.

Quando estiver escutando alguém coloque-se no lugar da outra pessoa, busque entender o que a levou até aquela situação na sua vida, tente olhar com o olhar dela, compreender os sentimentos dela.

Todos temos nossas histórias, tomar por base apenas um momento não é o suficiente.

Cada um sabe o que guarda dentro de si.

Quais as trilhas de escolhas e motivações que a conduziram para a situação na qual se encontra.

Colocar-se no lugar da outra pessoa é ter um olhar humano, entendendo que poderia ser você a vivenciar a mesma experiência, caso tivesse a mesma história de vida. Um olhar de compaixão (partilhar a dor do outro, na origem da palavra). De sentimento verdadeiro, movido pelo coração.

Na nossa realidade atual vemos o egocentrismo com cada vez mais força, cada um vivendo no seu mundo, seus problemas, necessidades e convicções.

Contudo, você pode fazer a diferença oferecendo essa empatia e compaixão a quem se aproxima de você. Quando paramos para notar o outro, percebemos o quanto nossos problemas são pequenos, tirando esse olhar de nós e começando a entender que podemos fazer algo a mais, podemos ser mais humanos.